A DINÂMICA DO MINISTÉRIO DE LOUVOR NA IGREJA – Parte 3

A ADORAÇÃO COMO UM ESTILO DE VIDA

A terceira característica é a SANTIFICAÇÃO.

Um estilo de vida que agrada a Deus é aquele que expressa louvor e gratidão. Podemos ver claramente que os levitas estavam vestidos de linho fino, ou seja, eles estavam trajados apropriadamente para aquele momento. A Bíblia diz que o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos (Apocalipse 19.8).

O estilo de vida de um verdadeiro adorador deve refletir seu caráter. Poder sem caráter é uma arma perigosa. Para muitos, a adoração é mais um item na lista de tarefas a se cumprir.

I Crônicas 5.11 diz: “Todos os sacerdotes se santificaram…”, ou seja, não havia brechas, legalidades. A falta de estilo de estilo de vida e santificação afeta a adoração.

Estilo de vida tem haver com escolhas. É uma questão de prioridade: Deus em primeiro lugar. Profanamos o nome e a santidade de Deus, quando deixamos de fazer a Sua vontade (Salmos 89.31).

Para o exercício do ministério são necessárias três coisas (Números 16.5):

1. POSIÇÃO – Ser separado para Deus.

2. CONDIÇÃO – Ser santo.

3. FUNÇÃO – Aproximar-se de Deus.

Deus mostra a sua santidade àqueles que se aproximam D’ele. “E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou” (Lv. 10.3).

O grande desafio da adoração: escolher aquilo que venha proporcionar deleite ao coração de Deus (Isaías 65.11, 12). Somente os que praticam a verdade são o deleite de Deus. (Provérbios 12.22). A Bíblia é clara ao dizer que aos retos convém o louvor (Salmos 33.1).

O mundanismo esfria a nossa afeição por Jesus. “A mim me veio a palavra do SENHOR, dizendo: Vai e clama aos ouvidos de Jerusalém: Assim diz o SENHOR: Lembro-me de ti, da tua afeição quando eras jovem, e do teu amor quando noiva, e de como me seguias no deserto, numa terra em que se não semeia” (Jeremias 2.1,2).

Adorar é mais que cantar. É um estilo de vida.

A DINÂMICA DO MINISTÉRIO DE LOUVOR NA IGREJA – Parte 1

ill musical note

Estamos vivendo um tempo de manifestação intensa do Espírito Santo na vida da Igreja, através do louvor e da adoração. A compreensão do que é culto a Deus foi ampliada, e aquele modelo baseado em rituais e tradições deu lugar a uma adoração mais espontânea, na qual o elemento carismático é evidente. Entretanto, temos observado que há uma crise de identidade em meio à igreja brasileira, na área do louvor e da adoração.

O termo “Adoração” tem sido usado por muitos, como mais um elemento da ambição do mercado fonográfico.

Em meio a tantos modismos, ficamos perplexos ao ver igrejas locais sem uma identidade, sem um perfil definido no ministério de louvor; seguindo as tendências de mercado, sem critérios.

O que fazer? Como identificar o que é verdadeiro? Como separar o precioso do vil? Como ter um ambiente de adoração equilibrado, sem perder a unção?

Muitos ministros de louvor têm sido engodados pelos modismos que sutilmente têm desviado a atenção de muitos da verdadeira adoração. A verdadeira adoração tem perdido espaço para o show, a pregação tem sido substituída por outras práticas, a congregação não passa de uma platéia motivada por um espetáculo, promovido por um ministro “popstar”.

Há um apelo mais à transpiração do que a inspiração nos dias atuais.

Esse é um momento oportuno para faremos uma reflexão séria sobre os nossos conceitos de louvor e adoração. Para isto, precisamos buscar nas escrituras qual é o padrão de Deus.

Em II Crônicas 5.1-14, encontramos algumas características da dinâmica do ministério de louvor no templo de Salomão, que podem ser praticadas nos dias de hoje:

AS DIFERENÇAS UNIDAS PRODUZEM FORÇA.

A primeira característica é a UNIDADE.

Se observarmos todo o contexto, podemos ver que a palavra de ordem era “unidade”.

“Quando saíram os sacerdotes do santuário (porque todos os sacerdotes, que estavam presentes, se santificaram, sem respeitarem os seus turnos)”. “… e quando todos os levitas que eram cantores, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum e os filhos e irmãos deles, vestidos de linho fino, estavam de pé, para o oriente do altar, com címbalos, alaúdes e harpas, e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas”. (II Crônicas 5.11,12).

A unidade gera concordância na adoração.

“Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 15.5,6).

A adoração deve ser uma verdadeira sinfonia (grego: “symphoneo”), ou seja, deve haver concordância.

Um dos fatores de crescimento da igreja primitiva era: “todos os que criam estavam juntos” (Atos 2.44).

O que determina a qualidade de um ministério de música, não é apenas o entrosamento técnico de seus componentes, mas o nível de relacionamento de cada com Deus e entre eles.

“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (I Coríntios 1.10).

“Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, a uma, lhe exaltemos o nome” (Salmos 34.3).

A palavra que mais se destaca em II Crônicas 5.1-14 é “TODOS”.

Todos os sacerdotes de santificaram.

Todos se comprometeram.

Todos os levitas estavam trajados adequadamente.

Todos tocavam e cantavam.

Todos tinham uma mesma motivação e objetivo.

CUIDADO COM OS BICHOS DA GOIABA!

Palestra ministrada pelo Pr Edu.

Sensibilidade e criatividade no ministério de louvor.

A música é composta de uma estrutura tão vasta, que permite o ser humano entrar em contato com uma dimensão espiritual. A música compõe elementos divinos e humanos. Todo ministro de louvor deve experimentar primeiro o efeito daquilo que está ministrando.

O primeiro elemento é a sensibilidade, que todo o ministro precisa ter. “Bom é render graças ao SENHOR e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã a tua misericórdia e, durante as noites, a tua fidelidade, com instrumentos de dez cordas, com saltério e com a solenidade da harpa. Pois me alegraste, SENHOR, com os teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos. Quão grandes, SENHOR, são as tuas obras! Os teus pensamentos, que profundos! O inepto não compreende, e o estulto não percebe isto:” (Salmos 92.1-6).

Esta sensibilidade não é uma simples percepção, mas é fruto de uma íntima relação com o Espírito Santo, que comunica e direciona a nossa adoração

Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Então, Samuel se levantou e foi para Ramá. Manda, pois, senhor nosso, que teus servos, que estão em tua presença, busquem um homem que saiba tocar harpa; e será que, quando o espírito maligno, da parte do SENHOR, vier sobre ti, então, ele a dedilhará, e te acharás melhor” (I Samuel 16.13, 17).

É necessário ouvir o Espírito Santo!

Talento, perspicácia e estilo musical não são suficientes para que aquele que ministra tenha êxito em seu ministério. Tanto no criar, como no executar, é preciso que haja uma consciência de total dependência da revelação divina. “Na verdade, há um espírito no homem, e o sopro do Todo-Poderoso o faz sábio” (Jó 32.8). Para que haja inspiração, é necessário que o ministro venha a esvaziar-se de si mesmo e encher-se da Palavra. “… não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (II Coríntios 3.5).

Criatividade no ministério de louvor significa atuar sob a regência do Espírito Santo, observando os fatores bíblicos que dinamizam o louvor e a adoração na vida da Igreja. Quando se fala em criatividade, não se trata de mundanismo, pelo contrário, essa criatividade deve ser encarada como uma disposição de se estar oferecendo algo novo. A sensibilidade e a inspiração resultam em criatividade. Uma pessoa criativa transforma situações, vê o que outros não estão vendo e faz o que outros não estão fazendo.